sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A COLHEITA


Vibra todo o universo
e a vida sempre imprime
o seu ciclo incansável
de nascimento e morte;
é um eterno processo
que já no início define:
cada qual é responsável
pelo seu “azar” ou “sorte”.

Nós somos agricultores,
semeando à mancheia
as mais diversas sementes,
na terra que nos couber.
A colheita – risos ou dores
- não depende de lua cheia,
de ser saudável ou doente,
de ser homem ou mulher.

Depende somente daquilo
que na terra colocamos:
o fruto da mangueira é manga,
o da macieira, maçã.
Sem confusão e sem grilo,
aquilo que semeamos
- amor, paciência ou zanga
- colheremos amanhã.

A vida não é roleta,
nem a sorte a gente herda;
também não existe “padrinho”,
nem trapaça ou armação.
A plantação e a colheita,
duas faces da moeda;
é a água e o moinho,
é ação e reação.

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